Antevisão Etapa 12 — Giro d'Italia

Clássica de Fano.

Antevisão Etapa 12 — Giro d'Italia
Giro d’Italia

Rescaldo da Etapa 11

A etapa ainda não se tinha iniciado e já tínhamos duas novidades: Cian Uijtdebroeks confirmava o seu abandono — os deuses do ciclismo não estão a perdoar o que se passou no último mês de Setembro; e Tadej Pogačar repetia a indumentária de há uns dias, voltando a envergar os calções ciclamino.

A fuga do dia desiludiu de tal forma que nem a Polti Kometa se esteve para chatear. Composta por Thomas Champion, da Cofidis, e por cerca de 50% da equipa da Visma — Edoardo Affini e Tim van Dijke —, foram caçados a cerca de 35 quilómetros da meta. Geraint Thomas ainda foi a tempo de bonificar dois segundos no sprint intermédio de Fossacesia Marina.

Foi um final muito nervoso, com as principais equipas a quererem entrar bem colocadas na fase decisiva. No sprint final Jonathan Milan voltou a ser o mais forte, batendo Tim Merlier e Kaden Groves e aumentado a sua vantagem na luta pela maglia ciclamino. O belga da Soudal acabou por ser relegado para a 89.ª posição, por sprint irregular.

Nota ainda para uma queda já dentro dos últimos 500 metros envolvendo Fabio Jakobsen e Tobias Lund Andresen, da dsm-firmenich, e Jenthe Biermans, da Arkéa.

É o segundo triundo de Jonathan Milan nesta edição do Giro. (foto: AFP)

O percurso

Cinquenta quilómetros de zona neutra plana até começar a etapa de sobe e desce constante até chegarem ao plano de dez quilómetros até à meta, em Fano. O percurso conta com inúmeras subidas, quatro delas categorizadas, todas elas curtas e, por norma, quanto menor a sua extensão, maior a sua inclinação. Os últimos dez quilómetros são planos.

Martinsicuro — Fano (193km)

O que esperar

É uma daquelas etapas que pode ter qualquer desfecho, dependendo da vontade de Tadej Pogačar, claro. Mas tem tudo para ser um dia explosivo, com tantos topos e tantas equipas sedentas por triunfos e pontos UCI. A malta da Polti Kometa vai ter companhia na fuga de certeza.

Os classicómanos e especialistas em fugas têm aqui um perfil interessante para darem show. Tal como Miguel Branco referiu na Antevisão do Giro: "com mais 100 quilómetros e tínhamos aqui um belo percurso para um campeonato do mundo".

Na fase final, com a aproximação a Fano a ser feita pela costa, o vento pode ajudar fugitivos ou late attackers a terem sucesso.

Favoritos

Jhonatan Narváez — Giro (e temporada) fenomenais. É um percurso bom para ele, que já picou o ponto na primeira etapa e falhou o bis por meia dúzia de metros em Nápoles.

Max Schachmann — Esteve perto na etapa 1 e mostrou boa forma no contrarrelógio, onde foi 5.º. Tem aqui um bom percurso para voltar a triunfar no Giro — bateu Rúben Plaza no Prato Nevoso em 2018.

A não perder de vista

Andrea Bagioli — Gostei de o ver na etapa de Pompeia, onde foi 4.º num percurso que não se adequava propriamente ao seu perfil.

Andrea Vendrame — Esperava muito mais dele neste Giro — vinha a fazer uma temporada muito boa e é da Decathlon. Tem aqui uma boa oportunidade para vencer pela segunda vez no Giro d'Italia.

Andrea Piccolo — Tem estado muito ativo mas sem sorte. Carta n.º 1 da EF, que só cá está para isto.

Michael Valgren — Perdeu por muito pouco em Lucca — que bem me sabe ver um dos meus corredores preferidos voltar a este nível. Carta n.º 2 da EF, que só cá está para isto.

Tadej Pogačar — No caso da etapa ser discutida pelos corredores da GC.

Jonathan Milan — Em caso de sprint.

Hugo Hofstetter — Joker.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Amanhã ganha o Tronco.

Henrique Augusto — A esperança é a última a morrer. Julian Alaphilippe.

Lourenço Graça — E se Pogačar lhe apetecer?

Miguel Branco — Max Schachmann. Super Max é um super gelado.

Miguel Pratas — Desta vez o Valgren não vai desperdiçar.

Ricardo Pereira — Nárvaez.

Nota: A resposta certa ao quiz de ontem é 2022.

Sondagem falso plano