Antevisão Etapa 11 — Giro d'Italia

Desculpem as horas. Já estamos em novo processo de recrutamento.

Antevisão Etapa 11 — Giro d'Italia
Giro d'Italia

Rescaldo da Etapa 10

Dia muito marcado pela forte chuva ao longo de toda a etapa, mas ainda mais marcado pelas 13 desistências que ocorreram ao longo do dia. O primeiro momento mais emocionante, no que toca ao aspecto desportivo, após a consolidação da fuga do dia, foi Jonathan Milan a consolidar a camisola ciclamino, vencendo no sprint Michael Matthews. Depois disso foi um caos, e quando digo um caos foi porque não há outra palavra para descrever tantos incidentes bizarros e perigosos que aconteceram ao longo do dia.

No final, o pelotão bem tentou, mas foi entre Cort, Gee e De Marchi que se discutiu a vitória. O dinamarquês não hesitou e assim que teve a primeira oportunidade para vencer, venceu.

Sempre certeiro, Cort é agora vencedor de etapas em todas as Grandes Voltas. 

Percurso

Seguimos para a etapa mais longa desta edição do Giro e isso só por si já é motivo de interesse. São mais de 220 quilómetros (se contabilizarmos a parte neutralizada) que irão ligar Camaiore a Tortona, com montanhas pelo meio. Nada de muito complicado para alguns, dia difícil para outros, sobretudo se o clima continuar a não ajudar. A fuga irá passar primeiro pelo Passo del Bracco (10.1km @ 4.4%), depois pela Colla de Boasi (9.2km @ 4.0%), terminando a contagem para a maglia azurra no Passo della Castagnola (5.0km @ 4,5%) a 42.5 quilómetros do final. O resto é praticamente sempre a descer.

Camaiore — Tortona (219km)

O que esperar

Mais uma para a fuga. É o que eu espero e creio que é o que o pelotão todo espera, só não sabemos com quantos e mais importante ainda, com quem. Numa altura em que as baixas estão a tomar conta das equipas, a ausência de elementos nos diferentes conjuntos irá com certeza permitir ataques por parte das equipas mais populadas. A INEOS, a Jumbo e a UAE, pelas ambições à geral, irão certamente ser as mais atentas no pelotão. Caberá às equipas como a EF, a BORA, ou a Israel, escolherem o momento ideal e arrancarem. Os 9 quilómetros (Colla di Boasi) a meio da prova irão certamente selecionar os mais fortes, depois alguém irá tentar atacar a última contagem de montanha e prevejo uma chegada de um grupo pequeno (ou de um rapaz "pequeno" chamado Healy).

Favoritos

Ben Healy — Já sabe o que é vencer numa grande volta. Sabe que pode aqui carimbar mais uma vitória e a última subida que fica a sensivelmente 45 quilómetros da meta e mesmo sendo menos dura poderá dar para para replicar o que fez na etapa 8.

Warren Barguil — Não conseguiu melhor que o 4º lugar na etapa em que integrou a fuga até ao final. Creio que desta vez irá abordar a corrida de forma diferente e tentar assim atacar a vitória.

A não perder de vista

Matthew Riccitello — O miúdo está a mais de hora e vinte da rosa. O Giro é uma montra para quem ninguém quer deixar de pousar. Go Ricci.

Stefano Oldani — Groves não parece estar na melhor forma o que pode libertar o versátil italiano, que adoraria repetir a vitória do ano passado. Dentro de uma fuga será sempre dos mais rápidos.

Vincenzo Albanese — Aposto que estará na fuga. A partir daí, tudo pode acontecer. Gostaria de ainda mais dureza mas a tão ambicionada (e merecida) vitória há-de chegar.

Mads Pedersen — Caso não dê fuga, ao fim de 220 quilómetros o dinamarquês será o grande favorito.

Jonathan Milan — Calma jovem. Sprinta só quando já conseguires ver a meta que tens pernas para dar luta.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Ben Healy. Eu estou a ver uma edição do Giro diferente.

Henrique Augusto — Albanese. Tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia vou acertar. Ou não.

Lourenço Graça — Milan. Hoje falhou o aquecimento, amanhã limpa.

Miguel Branco — Gaviria. Juro que estou mesmo farto...

Miguel Pratas — Fernando Gaviria. Vai fazer um lançamento soberbo para a vitória de Max Kanter.

Ricardo Pereira — Mads. 2/4.

Sondagem falso plano