Antevisão Etapa 1 — Giro d'Italia
O Giro é uma prova clássica. Começa e acaba no mesmo dia.

Stringiamci a coorte
Chegai, nobres irmãos! Eis que iniciamos uma jornada que fará tremer os alicerces da nossa coragem, que testará cada fibra do nosso ser, incluindo os nossos cóccix, com os desafios dos ventos e das estradas que se estendem de Turim até Roma. Com os nossos corações erguidos em uníssono, somos os arautos desta epopeia, os pilares sobre os quais se erguerá a nossa determinação inquebrantável.
Em Turim, onde depositamos os nossos primeiros passos, lançamos os fundamentos da nossa resolução, prontos para enfrentar as provações que nos aguardam. Não apenas os nossos corpos, mas as nossas almas serão postas à prova, cada curva do caminho um desafio que exigirá a nossa mais profunda devoção e perseverança.
Irmãos, que o fogo que arde nos nossos corações queime mais intensamente do que qualquer fornalha! Que a honra seja a nossa estrela-guia, e a lealdade, a nossa couraça! Unidos num só propósito, avançaremos, cada passo nos aproximando da glória que nos aguarda em Roma, a cidade eterna que será testemunha da nossa vitória.
Que os céus nos sejam favoráveis, que os nossos esforços sejam recompensados, e que possamos erguer as nossas cabeças com orgulho ao cruzar a linha de chegada, pois somos os senhores do nosso destino, os capitães das nossas almas! Avante, irmãos! A vitória nos espera!
Dov'è la Vittoria?

Eis que se aproxima o momento em que os bravos ciclistas deste pelotão se lançarão numa jornada de 140 quilómetros por terras acidentadas, desde Venearia Reale até Turim. É nesta demanda que será conquistada a primeira maglia rosa, numa batalha que terá como ponto alto o desafiante Colle della Maddalena.
Como um gigante adormecido nas montanhas, o Colle della Maddalena se ergue imponente, desafiando a bravura e a resistência daqueles que se aventuram a enfrentá-lo. Suas encostas íngremes e suas curvas traiçoeiras serão o teste definitivo para os destemidos ciclistas deste pelotão. Este é o primeiro grande desafio, o momento em que os verdadeiros heróis se destacarão e os mais determinados conquistarão a glória.
Que os céus sejam clementes enquanto testemunhamos esta batalha épica entre homem e montanha. Que cada pedalada seja um ato de coragem e devoção, e que a maglia rosa seja alcançada por aquele que se mostrar digno deste símbolo de honra e distinção.

Siam pronti alla morte
Preparai-vos para a morte mesmo, pois o maior desafio de todos não será o Colle della Maddalena, mas sim o guerreiro mais temido de todos, o Dragão de Komenda, Tadej Pogačar.
Todos aguardamos o avanço do esloveno. A questão é se alguém terá o estofo para o acompanhar. Provavelmente, não. Aquela subida é feita à medida dele, e 20 quilómetros sozinho são como um passeio no parque.
Favoritos
Tadej Pogačar — O temido esloveno, senhor das montanhas, cuja sombra escurece os corações dos competidores.
A não perder de vista
Romain Bardet — O veterano intrépido, cuja experiência se entrelaça com a determinação, desafia o tempo e os terrenos acidentados com confiança renovada.
Laurence Pithie — O jovem talento em ascensão, cujas pernas ágeis desafiam os limites da sua juventude, enfrenta agora o teste definitivo das montanhas.
Daniel Martínez — O enigma em duas rodas, cujo destino está entrelaçado com os caprichos da estrada, aguarda nas sombras, pronto para se revelar no momento oportuno.
Antonio Tiberi — O jovem audaz, cujas pedaladas vigorosas traçam um caminho promissor para o futuro do ciclismo.
Jhonatan Narváez — O estrategista astuto, cuja sagacidade rivaliza com a sua destreza nas subidas, prepara-se para surpreender os mais céticos.
Mauri Vansevenant — A esperança renascida dos velhos reinos ciclísticos, cuja forma resplandece como um farol de esperança nas estradas ancestrais.
Tobias Lund Andresen — O recém-laureado herói, cuja bravura enfrentou as fileiras dos otomanos, agora prepara-se para uma nova batalha, desta feita nas estradas transalpinas.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Depois não digas que eu não Tadej.
Henrique Augusto — Neste Giro vou brincar ao "finge que não há eslovenos em prova". Daniel Martínez vai fazer da Maddalena a sua Fóia.
Lourenço Graça — Alaphilippe, se não for Pogačar.
Miguel Branco — Andrea Bagioli. Não seria giro?
Miguel Pratas — A primeira de nove conquistas por parte do Rei Tadej da Lombardia, que envergará o estandarte cor-de-rosa nas restantes 20 batalhas da sua epopeia até à Cidade Eterna.
Ricardo Pereira — Pogačar, obviamente.