Antevisão — Eschborn-Frankfurt

Uma clássica de transição para matar as saudades da primavera.

Antevisão — Eschborn-Frankfurt
Eschborn-Frankfurt

Introdução

Uma clássica para nos entreter no feriado, enquanto não começa o Giro. Não tem uma startlist fantástica, mas tem classicómanos com muita qualidade, que poderão voltar a evitar um sprint compacto, à semelhança da última edição, conquistada por Søren Kragh Andersen.

Søren Kragh Andersen foi o primeiro a cortar a meta em 2023.

O percurso

São 203 quilómetros, num circuito de duas voltas e passagens por duas montanhas: Feldberg & Mammolshain. Duas ascenções que não são fáceis, mas que não assustam.

A fase intermédia do percurso é feita num sobe e desce constante, com muitos pequenos topos, além das subidas já referidas, o que dará inúmeras oportunidades para os atacantes testarem os seus adversários e deixarem os sprinters para trás.

Os últimos 40 quilómetros já são feitos num falso plano descendente.

Eschborn - Frankfurt am Main (203.8km)

O que esperar

Em 2023, Søren Kragh Andersen bateu Patrick Konrad e Alessandro Fedeli numa edição disputada com um sprint reduzido. Por norma esta prova termina em sprint massivo, mas tendo em conta a startlist presente, acredito que poderá ser novamente disputada por um grupo restrito.

Não há clássica em que a UAE Emirates não seja uma das equipas mais fortes e conte com corredores para todos os tipos de cenários. Encabeçada por Marc Hirschi, contam ainda com um Jan Christen em grande forma e um Nils Politt que brilhou nas clássicas de Primavera. Num dia bom, qualquer um dos restantes pode vencer esta corrida: Sjoerd Bax, Alessandro Covi, Filippo Baroncini e Diego Ulissi.

A Lidl - Trek, com Thibau Nys e Giulio Ciccone; a EF Education, com Ben Healy e Neilson Powless; e a Alpecin, com SKA e Axel Laurance, são outros conjuntos com bons argumentos.

Para contrariar os atacantes, a Uno-X vai ter obrigação de assumir a perseguição para tentar dar a 5.ª vitória nesta prova a Alexander Kristoff, lenda viva da Eschborn-Frankfurt — venceu quatro edições consecutivas, entre 2014 e 2018. Contam ainda com Jonas Abrahamsen, Rasmus Tiller e Søren Wærenskjold.

Favoritos

Marc Hirschi — Bem sei que se dá melhor em corridas PRO, mas a startlist tem ares disso e conta com a melhor equipa.

Thibau Nys — Não sei dizer em que cenário não é candidato. Finaliza bem e é o melhor trepador da startlist.

Alex Aranburu — Está a fazer uma temporada muito sólida. Com tanta descida, pode ser o seu dia.

A não perder de vista

Maxim Van Gils — Não vai ganhar mas vai estar nos lugares cimeiros. Corredor com muita classe e consistência. Resultados em clássicas este ano: 5, 3, 3, 7, 2, 20, 3, 4, 3.

Axel Laurance — Nas Ardenas não conseguiu esticar os seus limites, mas aqui conta com um percurso mesmo ao seu jeito.

Vincenzo Albanese — Perfil perfeito para ele, mas não está fácil a adaptação na Arkéa. Acredito que será uma questão de tempo.

Alexander Kristoff — Os anos passam e a idade começa a pesar. Mas, subestimar este corredor? Nem pensar. Ainda não picou o ponto este ano, mas já esteve perto.

Paul Magnier — Em caso de sprint compacto...

Derek Gee — Estamos a chegar a Maio, e costuma andar bem nesta altura do ano.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Maxim Van Gils. O melhor em prova.

Henrique Augusto — Axel Zingle. O dia chegou.

Lourenço Graça — Van Gils, aposta óbvia.

Miguel Branco — Thibau Nys. Ele é especialista em ciclocrosse e também em subidas, não estou a ver quem o possa derrotar.

Miguel Pratas — Axel Laurance, a dar continuidade ao domínio recente da Alpecin nesta corrida — SKA venceu em 2023 e Philipsen em 2021.

Ricardo Pereira — O trepador Thibau Nys.

Sondagem falso plano