Antevisão — E3 Saxo Classic
Quem vai sair por cima na E3 e flopar nos monumentos?
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Introdução
No rugby chamariam a esta prova "test match". A E3 é a derradeira prova de preparação para os monumentos do pavé e é aqui que se afina a forma e as táticas para o final showdown. O ano passado a Jumbo-Visma ficou com os dois primeiros lugares, com vitória de Wout van Aert, que foi um género de prémio de consolação para ele e para a equipa que depois falhou nos monumentos.
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O percurso
O percurso é o mesmo do ano passado: Oudenaarde, Taaienberg, Paterberg, Oude Kwaremont e beca-beca (ou beke-beke). Vocês sabem, esses nome belgas todos que toda a gente conhece e que são sinónimos de fogo-de-artificio. Uma mistura de pavé e subidas curtas e íngremes capaz de rebentar com qualquer um. No fundo, 205 quilómetros de puro entretenimento.
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O que esperar?
As primeiras clássicas deste género mostraram-nos uma Jumbo-Visma intratável. A profundidade da equipa é incrível, Dylan van Baarle, Benoot e Laporte podiam ser líderes quase em qualquer equipa e, como se não bastasse, a estes ainda se junta Wout van Aert. A quem irão Van der Poel e Pogačar responder? Ou será que vão ser os primeiros a atacar? Seja quem for, a festa deve começa a 70/80 quilómetros da meta e o mau tempo previsto vai tornar tudo ainda mais difícil.
Quanto ao resto das equipas, todas as de maior qualidade têm mais que uma boa opção. Emirates com Wellens, Alpecin com Søren, a Trek tem a dupla Stuyven-Pedersen, a Quick-Step Alaphilippe, Asgreen e Lampaert, e a Ineos leva Ganna que vale por dois. Se juntarmos nomes como Mohorič, Küng, Madouas, Bettiol, Girmay, Politt, e por aí fora, estamos a falar de uma autêntica constelação de estrelas que promete uma corrida muito aberta que facilmente pode cair para alguém fora dos três grandes favoritos.
Favoritos
Mathieu van der Poel — Mais um monumento no currículo e já a pensar noutro. Disse que a sua forma não era a melhor na antevisão à Milão-Sanremo e é bem possível que ainda não seja mas é sempre um dos favoritos.
Tadej Pogačar — O foco é a volta à Flandres mas não há corrida que ele não queira ganhar.
Wout van Aert — As sensações não foram boas em Itália mas estava lá com os melhores e agora é que começa a época do pavé a sério. A equipa sem ele, até agora, dominou estas clássicas, será que ele vai só estorvar?
A não perder de vista
Dylan van Baarle — Se o perderem de vista só o voltam a ver na meta mesmo.
Christophe Laporte — O ano passado ofereceu a vitória a WvA, este ano vamos ver se não acontece o contrário.
Søren Kragh Andersen — Mais uma vez, muito bem no primeiro monumento da época. Normalmente não dá continuidade a esse bom momento mas com a mudança de equipa vamos ver se isso não muda também. Pode aproveitar a marcação entre os três favoritos.
Matej Mohorič — Só cedeu nos últimos ataques no Poggio, por isso a forma não é má. O ataque numa descida qualquer é inevitável.
Jasper Stuyven — O duo com Mads Pedersen no papel é excelente, mas dada a dureza e o tempo diria que Stuyven tem mais hipóteses.
Tim Wellens — Grande início de época e uma das segundas linhas que pode surpreender.
Filippo Ganna — Gostava muito que ele se dedicasse às clássicas. A forma é incrível e a equipa é boa. Grande oportunidade para ele esta época.
Apostas falso plano
Henrique Augusto — É contra a minha religião apostar contra o Pogačar.
Lourenço Graça — MvdP, não existe mais ninguém de jeito.
Miguel Branco — Dylan van Baarle. Evidente líder da Jumbo-Visma..
Miguel Pratas — Bis para Van Aert.
Ricardo Pereira — Alaphilippe. "Ontem estava em baixo, hoje não. Folhas aqui caem mas eu não." — Kenny Berg, 2022