Antevisão — Dwars door Vlaanderen - A travers la Flandre ME

O mini Tour de Flandres.

Antevisão — Dwars door Vlaanderen - A travers la Flandre ME
Dwars door Vlaanderen - A travers la Flandre ME

Introdução

Alguns já estão a pensar na Ronde mas o aperitivo desta quarta-feira não é nada de se deitar fora. O mini Tour de Flandres serve como preparação para o que aí vem no domingo. Tem menos quilómetros, menos dureza e menos gente no sofá, porque é dia de trabalho.

Nunca houve nenhum corredor dominante nesta corrida, nunca ninguém venceu mais do que duas vezes. No ativo, apenas Yves Lampaert e Mathieu van der Poel fazem parte desse lote, e apenas o belga estará presente nesta edição.

Christophe Laporte venceu a última edição a solo. Este ano não estará presente.

O percurso

A corrida começa 70 quilómetros depois da partida, onde começam a aparecer as primeiras sequências de bergs. As passagens pelo Berg Ten Houte (1km @ 5.7%, em pavé) e pelo Kanarieberg (1.2km @ 8.3%), pela sua próximidade, irão certamente partir o pelotão e fazer a seleção entre quem está ou não apto a disputar esta semi-clássica. Os últimos 45 quilómetros têm 5 secções de pavé, pelo que contamos com muita ação na última hora de corrida. A reta da meta, em Waregem, é curtinha. Se isto for a sprint, atenção ao posicionamento.

Roeselare - Waregem (188.6km)

O que esperar

A menor quilómetragem desta corrida, comparando com as outras clássicas flandrianas, abre o leque de possíveis vencedores a corredores que lidam menos bem com o acumular dos quilómetros.

Não arrisco uma previsão de desfecho da corrida, vejo como equivalentes as probabilidades de acabar com uma vitória a solo, em grupo reduzido, sprint compacto ou com os climáximos lá do burgo a colar as mãos ao alcatrão.

A Lidl - Trek chega moralizada depois da grande prestação na Gent-Wevelgem — apesar do infortúnio do Stuyven — e trazem um bloco fortíssimo para fazer frente à Visma, liderada por Van Aert e Jorgenson, mas que não conta com Laporte e Van Baarle, vencedores em 2021 e 2023, respetivamente, e tem Tratnik fora de forma. Outra ausência de peso é o vencedor de 2020 e 2022, Mathieu van der Poel, em poupanças para a Ronde.

Estou curioso para ver como se vai comportar a Soudal Quick-Step, o Lefevere já assumiu que esta temporada de clássicas está a ser uma desilusão. Trazem Alaphilippe, Lampaert e Moscon com perfil mais atacante e Magnier e Pedersen para o sprint.

Favoritos

Wout van Aert — Sem Van der Poel e sem Laporte, parte como o favorito número 1, a par de Pedersen, que vem cheio de moral.

Mads Pedersen — Depois do fiasco em Sanremo e em Harelbeke, eis que deu show. Se calhar devia poupar-se para Flandres mas em equipa que ganha não se mexe.

Jasper Philipsen — Ok, perdeu o sprint pelo pódio na GW para o Meeus, e então? Também ficou atrás do Cimolai na última etapa do Tirreno e depois limpou um monumento.

A não perder de vista

Jonathan Milan — O sprinter da Lidl - Trek.

Jasper Stuyven — O atacante da Lidl - Trek.

Toms Skujiņš — Outro atacante da Lidl - Trek.

Oier Lazkano — Esteve bem na E3, na sexta-feira passada, e ainda não me esqueci da super-prestação na última edição.

Tim Wellens — Está bruto e aqui não tem de trabalhar para o Morgado.

Laurence Pithie — Não me canso de elogiar este miúdo, que exibição no domingo! Foi o último a largar o duo que discutiu a vitória. Aqui a extensão da corrida é muito menor, não ficarei surpreendido se conquistar aqui a sua segunda clássica WT do ano.

Corbin Strong — Fezada.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Wout van Aert. Mais um milho para o pardal.

Henrique Augusto — Bettiol, chegou a tua hora.

Lourenço Graça — Wout van Aert ou outro Visma qualquer.

Miguel Branco — Jasper Stuyven. Ou Alex Kirsch ou um desses.

Miguel Pratas — Corbin 2 Strong.

Ricardo Pereira — A minha aposta é Jasper.

Sondagem falso plano