Antevisão — Donostia San Sebastian Klasikoa
A melhor clássica espanhola. A seguir ao Trofeo Calvia, claro.
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Introdução
Esta clássica para trepadores/puncheurs é para muitos o 6º monumento. É a melhor clássica espanhola. A seguir ao Trofeo Calvia, claro.
Para vencer a Clássica de San Sebastián é preciso, além de pernas, ter inteligência para ler bem a corrida e atacar no momento certo. Não é qualquer um que ganha esta corrida. Vejam bem a lista de vencedores nos últimos dez anos: Valverde, Adam Yates, Mollema, Kwiatkowski, Alaphilippe, Evenepoel (2x) e Powless.
Este ano voltamos a contar com uma startlist com muita qualidade, que inclui cinco antigos vencedores e inúmeros outros ciclistas de altíssimo nível que vamos destacar mais à frente.
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O percurso
São 230 quilómetros de sobe e desce com mais de 4000 metros de acumulado.
Os primeiros 80 quilómetros têm já três contagens — duas de 3ª cat. e uma de 2ª cat — mas é nos últimos 100 quilómetros que estão as conhecidas subidas — e descidas — desta clássica.
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As duas primeiras — Jaizkibel (6.9km @ 6.1%) e Erlaitz (4km @ 10.4%) — são as mais icónias. A primeira é a mais longa e a segunda é a mais dura. É aí que vão surgir as primeiras tentativas a sério e é onde a corrida vai explodir.
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Mendizorrotz (4.1 km @ 7.3%), a 36 quilómetros da meta, e Murgil Tontorra (2.1km @ 9.8%), a 8 quilómetros do fim, poderão ser cruciais no desfecho da corrida.
O que esperar
As equipas mais fortes — UAE, Quick-Step, Bahrain e INEOS — a controlar a fuga e os primeiros ataques a surgirem a partir do Jaizkibel.
O primeiro tubarão a atacar deverá ser Remco Evenepoel, no Erlaitz, resta saber se leva companhia. Há muitos blocos/corredores fortes e os últimos 100 quilómetros vão ser um show: ataques surpreendentes, alianças improváveis e berranços landistas.
Favoritos
Remco Evenepoel — É o grande favorito. Duas participações, duas vitórias, num percurso que favorece as suas características.
Juan Ayuso — O prodígio espanhol da UAE vem de um desempenho autoritário na Clássica de Ordizia onde uma queda já dentro do último quilómetro lhe retirou a vitória. Este percurso é bom para ele e a UAE tem um bloco forte.
Pello Bilbao — Que forma no Tour! Este percurso de sobe e desce é bom para as suas características. Tem seis presenças anteriores a 2020 mas nunca brilhou.
A não perder de vista
Ion Izagirre — O vencedor da etapa 12 no Tour corre em casa e tem um percurso que lhe agrada. Conta com Guillaume Martin, que também pode tentar a sua sorte.
Carlos Rodríguez — É a melhor opção da INEOS. Foi 5º na última edição, a mesma posição com que finalizou a Volta à França. Sobe bem e ainda desce melhor, tal como vimos na etapa em que bateu Pogačar e Vingegaard.
Marc Hirschi — O campeão suiço é a alternativa a Ayuso. E que plano B da UAE! Também está a andar muito. "Beneficiou" da queda do seu companheiro para conquistar a Clássica de Ordizia.
Neilsson Powless — Campeão em 2021, gosta deste tipo de percurso e anda bem em corridas longas. Menos nas Ardenas.
Ben Healy — Foi 2º na Clássica de Ordizia, é sinal que está a andar bem. Quero ver o campeão irlandês, que brilhou nas Ardenas e no Giro, a brilhar aqui também.
Bauke Mollema — Tem o impressionante registo de 10 top-10 em 11 participações. Não andou mal na Valónia.
Felix Gall — Tenho dúvidas na capacidade em distâncias tão longas mas...
Apostas falso plano
Fábio Babau — Remco, com uma aremcada de longe.
Henrique Augusto — Pello Bilbao. Só porque gosto de ver o publico contente.
Lourenço Graça — Pello amor a Bilbao.
Miguel Branco — Remco Evenepoel. Tem de ganhar antes da Vuelta porque depois...
Miguel Pratas — R3MCO 3V3N3PO3L.
Ricardo Pereira — Ayushow.