Antevisão — Bretagne Classic - Ouest-France

Primeira vitória de arco-íris para Mathieu van der Poel?

Antevisão — Bretagne Classic - Ouest-France
Bretagne Classic — Ouest-France

Introdução

Estamos de volta a França, desta vez para mais uma clássica World Tour com história. Este ano na sua 87.ª edição, a clássica da Bretanha conta com mais 4 quilómetros que no ano passado, levando os ciclistas até aos 258 quilómetros de total. Para os que já a achavam curtinha, andem mais um bocadinho.

Este ano a prova conta com um final idêntico ao do ano anterior, em que a prova foi decidia num sprint final que levou Wout Van Aert ao lugar mais alto do pódio. Depois de ter perdido a Bemer Classic para o Marco Haller, Wout deixou para trás toda a concorrência que incluia nomes como Arnaud De Lie ou Girmay. Axel Laurance da B&B e Alexander Kamp, na altura na Trek-Segafredo, completaram o pódio.

Wout Van Aert (1), Axel Laurance (2) e Alexander Kamp (3). (foto: teamjumbovisma.com)

O percurso

Em termos de distância, podia ser um monumento. Este ano a etapa conta com um final idêntico ao do ano passado, a descer. Quero com isto dizer que os favoritos serão os mais velozes e capazes de passar as dificuldades.

A primeira metade do percurso conta com 6 topos, enquanto que a segunda com 12, totalizando assim um total de 18, em torno de Plouay. Será uma ondulação constante do início ao fim e creio que as maiores dificuldades serão já na segunda metade onde destaco Ty Coz (1.9km - 6.0%) já dentro dos 100 quilómetros finais e depois já dentro dos últimos 30 quilómetros, a chegada a Marta (0.9km - 8.4%) seguida de Longeo (1.2km - 6.0%), onde os corredores ficarão já a menos de 20 quilómetros da meta.

Plouay - Plouay (258km)

O que esperar?

Acima de tudo há que esperar um autêntico espectáculo a julgar pela startlist. Um final em sprint reduzido, ou uma chegada em solo? Pois bem, temos homens para tudo. A meu ver tudo dependerá de como os puncheurs bons roladores sentirem o pelotão e se efetivamente se conseguirem escapar, depois também dependerá de como trabalharem em conjunto para não serem alcançados. Caso nada disto aconteça porque efetivamente ninguém se conseguiu escapar, contamos com um sprint há imagem do ano passado, onde irão estar os sprinters que lidam bem com os topos desta prova.

Favoritos

Jasper Philipsen — É o mais rápido em prova. Lançado por Mathieu van der Poel torna-se no candidato à vitória.

Mathieu van der Poel — O homem com as cores do arco-íris entra pela primeira vez em prova após a vitória nos mundiais de estrada em Glasgow. Poderá lançar Jasper, como atacar a 20 quilómetros para uma chegada a solo.

Cristophe Laporte — Depois de infelizmente ter furado durante os mundiais de estrada em Glasgow — prova que não concluiu — tem aqui novamente uma oportunidade para liderar e quando isso acontece numa clássica de sobe e desce, é sempre favorito.

Marc Hirschi — Se for uma chegada com um grupo reduzido de dois ou tês elementos, é candidato a vencer a prova. Pareceu estar bem no Renewi Tour, portanto acautelem-se.

Stefan Küng — Já este ao contrário de Laporte depois do que vimos nos mundiais em Glasgow, não me admira nada tentar aqui a vitória. Passa bem as dificuldades e é dos melhores roladores do pelotão. Nunca ganha, mas isso não significa que não possa ser favorito.

A não perder de vista…

Alex Aranburu — Este é o seu tipo de perfil para uma clássica. Tem uma boa ponta final, não me surpreenderia vê-lo num top-5.

Alexey Lutsenko — Foi um flop nos mundiais mas esta é o seu tipo de clássica. Longa, onde pode perfeitamente integrar um grupo reduzido de cinco ciclistas e ir até ao fim nesse primeiro grupo, ou eventualmente ficar num grupo perseguidor pouco tempo depois ainda dentro de um top-5 ou top-10.

Biniam Girmay — Fez 6.º no ano passado e estava noutra forma. É sempre um sprinter a ter em conta, mas não o vejo como favorito.

Corbin Strong — Clássicas sinuosas é com ele. Conto com um Top-10.

Julian Alaphilippe — Longe da forma perfeita. O CV coloca-o aqui a não perder de vista.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Mathieu Van Der Poel. Num solo de 20 quilómetros.

Henrique Augusto — Estreia dourada do senhor do arco íris.

Lourenço Graça — Pronskiy.

Miguel Branco —Marc Hirschi. Sabe Deus o motivo.

Miguel Pratas — Jasper Disaster.

Ricardo Pereira — Mais uma para Philipsen.

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