Antevisão — BEMER Cyclassics

Clássica com paredes que terminam em "berg"? Deixa cá dar um olho.

Antevisão — BEMER Cyclassics
BEMER Cyclassics

Introdução

Já salivávamos por aquelas clássicas com paredes que terminam em "berg" e aqui está uma para matar o desejo.

A decorrer na cidade de Hamburgo e com uma startlist que pode dizer-se de luxo, tendo em conta as provas que temos tido nos últimos tempos, parece-me um bom programa de domingo à tarde. E é perfeita para esse dia da semana, pois creio que com um início bem calmo até para uma sesta pode dar. Ou até para uma ida à praia com a esposa e ligar sorrateiramente aquela aplicação duvidosa e ver os quilómetros finais. Fica a sugestão, pois dizem que vai estar calor no nosso país.

Na edição de 2022, Marco Haller (ciclista da Bora) bateu surpreendentemente ao sprint Wout van Aert e Quinten Hermans. (foto: site Team Jumbo-Visma)

O percurso

Nos 205 quilómetros podemos contar com uma boa parte do traçado em plano. Os ciclistas irão sair da cidade de Hamburgo e andar um pouco pelos seus subúrbios.

Hamburg - Hamburg (205.6km)

Quando os mesmos voltarem para a cidade alemã e estiverem a passar junto à margem norte do rio Elbe irão sentir a grande dificuldade deste percurso. Com percentagens que chegam aos 16% a certa altura e já inserido no circuito final dentro de Hamburgo, mais precisamente no bairro de Blankenese, apresento-vos o Waseberg.

Waseberg, subida curta e explosiva.

Após três passagens por este topo, o final será pouco acidentado e novamente em plano.

O que esperar

Teoricamente uma clássica destinada aos puros sprinters e isso pode-se comprovar pela startlist com a presença de ciclistas como Tim Merlier, Olav Kooij, Sam Bennett, Jasper Philipsen, Démare e Milan, entre outros.

No entanto, aquela dificuldade vezes três na parte final do percurso pode deixar alguns deles para trás e fazer sobressair ciclistas com características diferentes, como Mads Pedersen, Ethan Hayter, Aranburu, Hirschi ou até Bettiol.

Creio que as diferenças não serão muitas em termos de tempo, mas poderá chegar um grupo reduzido à meta, como sucedeu no ano passado.

Favoritos

Mads Pedersen — O principal favorito. Quebrou o enguiço na volta ao seu país, sendo o vencedor da última etapa (itt) e consequentemente vencedor da geral. Vem com a corda toda.

Olav Kooij — Existe aquela enorme dificuldade, é um facto, mas o futuro melhor sprinter do mundo tem de saber sofrer.

Arnaud De Lie O nosso menino está on fire. Vem de duas vitórias consecutivas e nós acreditamos que ele não vai parar.

A não perder de vista

Ethan Hayter — Um perfil que se encaixa na perfeição ao seu estilo, mas a última vitória foi no passado mês de abril. O britânico para mim continua a ser uma incógnita.

Tim Merlier O ciclista belga vem rodeado de um belo bloco. Se não fossem os últimos tempos da Soudal Quick-Step, eu até diria que vinham para ganhar.

Alex Aranburu Passa bem as dificulades, mas vacila sempre nos momentos cruciais. Ainda assim, acho que merece que estejamos atentos à sua prestação.

Alberto Bettiol Nunca descartar um ataque "à la Bettiol".

Corbin Strong Aposto que vai querer estar na luta.

UAE Team Emirates Vêm preparados para tudo. Com Ackermann, Hirschi, Ulissi, Wellens e até McNulty cheguei a pensar se estávamos novamente na altura da primavera.

Os outros — É claro que existem Dylan Groenewegen, Sam Bennett, Démare e Milan, mas estou convicto de que esses irão disputar os últimos lugares do top-10.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Sextas trágicas.

Henrique Augusto — Mads Pedersen. Acreditando que isto será mais uma clássica do que um sprint.

Lourenço Graça — Mads Pederberg.

Miguel Branco — Alberto Bettiol. Está no Zwift desde Glasgow.

Miguel Pratas — A primeira vitória de Arnaud De Lie no WT.

Ricardo Pereira — Kooij.

Sondagem falso plano