falso plano
O melhor da vida é uma tarde no sofá a ver ciclismo. O falso plano emerge dessa ideia. Tentar adivinhar em que descida cai o Richie Porte, quantos socos vai impingir o Bouhanni na reta da meta, o número de furos no Carrefour l’Arbre. Como se pode perceber: tudo questões existenciais que ditam o sentido da vida. Desde os primórdios do Velogames, este grupo informal de pessoas que se conectou sobretudo online sempre quis discordar, puxar a brasa ao seu Vlasov, explicar que se o Ayuso vale 200 na Cycling Fantasy então é obrigatório levá-lo. O empedrado era tanto que decidimos agora transformar esta doença num blog/podcast. Aqui vão poder encontrar antevisões, análises, crónicas, dicas de fantasy e, em princípio, muita parvoíce.
falso plano porque nem sempre subir é a tarefa mais árdua. E porque acreditamos que um dia o Caleb Ewan vai vencer a Milano-Sanremo. Sobretudo por isso.
Diogo Kolb
Gosto de ciclismo como se o ciclismo fosse da minha família mais próxima. Um irmão gémeo, talvez. A minha pior memória divide-se em três. Uma tríade que tento ultrapassar: Tom Boonen a perder Roubaix para Hayman; Pedersen a ser campeão do mundo e Bettiol a ganhar na Flandres. Assino com este pseudónimo por razões laborais mas essencialmente porque posso um dia ter que criticar Bini Girmay, Michal Kwiatkowski ou António Morgado e não quero que eles venham a saber.
Fábio Babau
Este comboio não passa duas vezes, mas entrou num falso plano, então ainda consegui colar na roda. Sou o estranho caso da margem sul que o ciclismo tirou da rua. Eu e o Roglič temos algo em comum, ambos chegámos tarde ao ciclismo (nunca aspirámos à juventude). Mas neste mundo em que toda a gente faz batota, Strade Bianche é um monumento e aquilo que o Mathieu fez na Amstel de 2019 diz muito do porquê de eu cá andar.
Henrique Augusto
Gosto de ciclismo. Desde miúdo que perco a oportunidade de ir apanhar escaldões para a costa porque há chegada no Ventoux. Encontrei pessoal que compreende e partilha esta doença e quer partilhar com mais doentes ainda. Porque havia de perder a oportunidade de me meter neste projeto com eles? Provavelmente daqui a 3 meses tenho a resposta a essa pergunta, mas por enquanto estou entusiasmado para botar lume nisto!
O Primož do Roglič
Só porque sou natural de Torres Vedras, cidade onde jaz uma estátua do grande Joaquim Agostinho, tenho a mania que dou umas pedaladas. Mas no sofá é que sou rei. Quem não gosta de uma bela sesta na poltrona, numa etapa de sprint, e acordar só nos últimos 5kms? Ou ficar colado ao ecrã da TV na etapa insana da Vuelta de 2015, desenhada pelo Purito? Pois é… Depois disto só me apraz dizer… Vuelta geração Contador!
Miguel Branco
Nunca mais fui o mesmo desde que vi o Savoldelli a descer a Fauniera. Ou a vitória a solo do Boonen em Roubaix. Ou arranque do Purito no Mirador de Ézaro. Ou sempre que Bettini tirava o seu capacete e deixava a nu a sua bela careca. Sou de Almada. Tenho a mania que sou entendido em sprints. Dizem que sou especialista em corredores sub-12. A minha prova preferida é o Tour de l’Avenir. E apostei que o Victor Lafay vencia a classificação da montanha do Tour 2022.
Miguel Pratas
Posso fazer isto na terceira pessoa? OK. Miguel Pratas nasceu em Santarém em 1994. É Licenciado em Matemática e fantasista nos Ciclistas do Sofá. Conhecido por apostar em jovens, tem opiniões polémicas e corrosivas. Na sua opinião, os cinco Monumentos são o Olimpo do ciclismo mas não nega que Tour é Tour. Para ele, o melhor da vida é uma tarde no sofá a ver cronoescalada em La Planche des Belles Filles. Obrigado Pogačar.
Nuno Gomes
Diz-se "à boca pequena" que gosto mais de fantasy do que de ciclismo — e não estejam à espera que o vá desmentir. Entre escolhas inexplicáveis e bonecos voodoo (Team Visma, desculpem lá o azar de 2024, mas nunca perdoei as ofertas de WvA a Laporte), o meu coração bate forte pelas clássicas. E Strade Bianche é a mãe delas todas!
Sou a mais recente aquisição deste mercado de transferências falso planista, mas desconfio que só o fizeram para terem alguém que acorda às 4 da manhã para ver uma etapa plana como uma panqueca do Tour of Hainan... e ainda acha que valeu a pena!!
Ricardo Pereira
A minha relação com o ciclismo é puro interesse. Sou um tipo desocupado e então procurei um desporto de longa duração para acompanhar. Era entre isto e cricket, acabei por escolher um desporto relevante. Comecei a acompanhar no Tour deSastre. Saudades Schumacher, Riccò e Piepoli. (Tou-te a ver Cobo)
Não sei escrever, sou emigrante, tenho desculpa. Go Bevin!
Rogério Almeida
Olá, sou o Rogério e sou viciado em ciclismo, e como todos os bons vícios tem de ser assumido e não anónimo. A minha paixão pelo ciclismo já vem desde os tempos do Orlando Rodrigues ganhar Grandíssima com o Gamito no segundo lugar em 1994 — assim de repente fiquei a sentir-me mais velho. Das poucas coisas que conseguia manter uma criança como eu em casa numa tarde de verão era o ciclismo e com a idade a tendência não foi de melhorar, muito pelo contrário, desde seguir e ver várias tipos de provas em diversos horários ou seguir várias vertentes de ciclismo...
Esta nova aventura é um grande desafio para mim pois eu sempre fui rapaz de números, matemática e estatísticas e não muito de letras e escrita.